terça-feira, 30 de novembro de 2010

O caminho recusado

Às vezes nos deparamos com mais de um caminho. Surge, então, a dúvida: qual devo seguir? E se essa estrada não levar ao lugar que quero ir?

Bem, antes de tudo é preciso definir onde você deseja ir, depois procurar o melhor caminho para se chegar lá.

Mas isso é moleza, certo? Doce ilusão! Claro que não! Pelo menos acredito não o ser.

Sejamos sensatos na escolha dos lugares que queremos chegar, levando em consideração nossos sonhos e capacidades; e prudentes e sábios na escolha dos melhores caminhos.

O poema abaixo, sugerido pelo amigo Rivero, versa um pouco sobre isso. O autor é Robert Frost.

O caminho recusado

Num bosque amarelo, dois caminhos
Divergiam – e diante da escolha
Demoradamente olhei, sozinho;
Um que eu via melhor que o do vizinho
E se perdia em curvas em folhas;

Mas fui pelo outro, pois se estendeu
Também mais ao meu gosto
Nos vegetais, no que ofereceu;
Seria o mesmo, imaginei eu,
Se preferisse o caminho oposto,

Pois na manhã cada qual dormia
Sobre folhas nunca palmilhadas.
- Fique o primeiro para outro dia!
Mas sei bem que estrada puxa estrada
E pressenti que não voltaria...

Vou sempre chorar o que ocorreu
Nos dois caminhos, tristeza imensa;
Ah, divergiam num bosque e eu
Quis o que mais raro pareceu
- E isto fez toda a diferença...

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